sexta-feira, 1 de maio de 2009

Hermanos & Películas

Acabo de baixar a série, minisserie (maldito "Acordo Ortográfico") ou seriado argentino "Epitafios". Assisti alguns minutos, mais para verificar a qualidade do RMVB que para tomar parte da trama em si. O que pude notar é que como tudo que envolve luz, câmera e ação na terra de Mitre, Rivadavia e Maradona (libertador, primeiro presidente e deus, respectivamente nas terras de lá), trata-se de uma obra construída sobre roteiro forte. Os diálogos são firmes e concisos e, ao contrário da máxima, valem mais que as imagens. Imagens aliás representadas por enquadramentos simples, sem efeitos especiais ou traquitanas tecnológicas. É texto e direção de atores. Comparado a um charuto, o cinema argentino seria um Partagas D4: simples, direto, forte, terroso, visceral e não exatamente com a preocupação em cheirar bem.

Mais tarde verei como é a combinância entre os dois.

Outro download realizado (vantagens do VIRTUA 12mb) é "W.", filme de Oliver Stone sobre George Walker Bush, ex-presidente americano. Para dar a prévia: Stone é democrata ferrenho e capitaneou, em conjunto com Sean Penn (vale a pena dar uma olhada em "Milk", se você não for homofóbico), diversos comícios anti-Bush durante a última campanha presidencial nos EUA. Dizem que Bush é retratado exatamente como o imaginamos: um imbecil incapaz de tomar decisões, ainda mais decisões corretas.
Sendo assim, se o cinema argentino é um Partagas D4, o pinguço Baby Bush não passa, com sorte, de um Dona Flor: sem gosto, sem cheiro, repugnante.

Fidel Castro? Um Cohiba. Rodeado de lendas - quase nenhuma verdadeira - , bem construído, simpático, mas caro demais frente ao prazer que proporciona. E ambos usam a "roupa invisível do rei": ninguém a vê e tampouco tem coragem de assumir que não existe.

E Lula? Bem, o companheiro Luís Inácio vou deixar para outro post, de combinâncias entre charutos e políticos.